"Era possível acessar e instantaneamente escapas da confusão do dia a dia. Era possível criar um individuo totalmente novo para si, com controle total sobre aparência e o som emitido aos outros. No OASIS, os gordos podiam se tornar magros; os feios, belos; e os tímidos, extrovertidos. Ou vice-versa. Era possível mudar nome, idade, sexo, raça, altura, peso, voz, cor do cabelo e estrutura óssea. Ou se podia deixar de ser um humano e se tornar elfo, ogro, alienígena ou qualquer outra criatura da literatura, dos filmes ou da mitologia"
Jogador Nº 1, livro de Ernest Cline, é uma distopia que se passa na próxima década de 40, mais precisamente em 2044, o mundo em que vivemos está totalmente entregue a fome e a pobreza (como em toda distopia) e as pessoas para fugirem dessa triste realidade se logam no OASIS, uma utopia totalmente virtual onde você pode ser quem quer que seja, vivendo lá totalmente gratuito em milhares de planetas existentes.
Seu criador, James Halliday, antes de morrer deixou escondido no OASIS sua enorme fortuna em forma de Easter Egg, para que após sua morte uma competição internacional começasse na busca pelo ovo escondido e o vencedor ganharia 240 bilhões de dólares e a propriedade do OASIS. As dicas, enigmas e jogos para avançar e ganhar essa competição estaria na cultura pop (principalmente nerd) dos anos 80, época de adolescência de Halliday.
É nessa introdução toda que somos apresentados a Wade Watts, um caça-ovo profissional que dedica toda sua vida a busca pelo easter egg de Halliday, o livro é contado em primeira pessoa por Wade e ele por ser um personagem fantástico não cansa nem um pouco a leitura e posso afirmar ser um dos livros que li mais rápido, eu simplesmente me "loguei" no livro e não conseguia soltar nem por um minuto. Ernest tem uma forma de escrita muito magistral, cada final de capítulo acontece alguma coisa ou aparece alguém, enfim, de uma forma que você quer ler o próximo e próximo capítulo o quanto antes.
O livro é todo referências, filmes, músicas, jogos ou qualquer outro elemento relacionado ao final do século XX serve de pista pra chegar cada vez mais perto do prêmio e posso dizer que não vejo a hora de ter um tempinho para pegar o meu livro e checar na internet várias dessas coisas e me aprofundar mais nesse assunto.
"Eu a compreendia, confiava nela e a amava como uma amiga querida. Nada daquilo havia mudado nem podeia mudar por algo tão pequeno como sexo, cor da pele ou orientação sexual."
Como uma boa distopia, o livro trás grandes críticas a sociedade atual, pontos positivos, pois é uma crítica muito bem válida, atual e bem colocada. Será que não vivemos tempo demais logados na internet não? Ao meu ver, será que as redes sociais não seriam uma prequela do OASIS, onde você pode ser "quem quiser" e colocar o que bem entender ali?! A narrativa trás isso de uma forma bem sutil e deixa uma mensagem de que não devemos nos privar disso, de que o OASIS não deve ser uma proibição, mas que a vida real, com pessoas e amigos de verdade é onde você encontra a real felicidade. Porque a realidade é real (palavras de Anorak).
Por conter uma narrativa simples e ao mesmo tempo cativadora, por todas as referências nerds que aprendi e as que já conhecia e só me fez dá aquele sorriso quando aparecia (quando ele mencionou quadribol *--------*) e pelos personagens magníficos, a estoria única e tudo mais, Jogador Nº 1 se tornou meu livro preferido e o melhor lido esse ano até agora.
Até a próxima resenha - - - - - - GAME OVER!
PS.: O livro se tornará filme em breve, com roteiro do próprio autor e distribuição da Warner Bross. Mal vejo a hora de assisti-lo!!!
ótima resenha! :D
ResponderExcluirSó me fez lembrar o quão bom é o livro.
E fico mais feliz ainda em saber que tu ganhou ele lá no blog! ahauhauhauha'
Para mim essa foi uma das tuas melhores resenhas até agora... Se não a melhor!
Abraço!
Oi!
ResponderExcluirLogo de início, não havia me interessado por esse livro. Após ler muitas resenhas positivas sobre ele, inclusive a sua, mudei totalmente. Estou bastante convicto de que gostarei da leitura.
Parabéns pela resenha!
Abraço!
"Palavras ao Vento..."
www.leandro-de-lira.com
Esse livro parece ser completamente fascinante, morro de vontade de lê-lo. Além de eu gostar bastante de distopias, o livro está cheio de elogios pela blogosfera. :)
ResponderExcluirBeeeijos
O livro é fantástico, principalmente para quem viveu os anos 1980... não só "nasceu" na época, mas jogou os games, leu os livros, acompanhou as bandas, assistiu aos filmes da época... Amei o livro, emprestei a meu irmão que também adorou. Recomendo. Parabéns pela resenha. Demais!
ResponderExcluiruau que fantástico não conhecia essa livro
ResponderExcluiradorei a resenha deu vontade de devorar esse livro
urgente kkkk. sensacional!
Da uma passadinha no meu blog ?
-> Estilo 4 U
Abração
Não deixe de conferir...
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Amigo, ahazou.
ResponderExcluirJá vejo Xxxunior logado como uma travesti negra da década de 60, chamada Joysse Ferraz que Leva Ferro Atrás.
Ui ui!
aushaushuahsuahsuahsuhsuahsuahsuhasu
Ela é bunitãn!
Olha a cintura!
Eu quero emprestado viu?!
Nem fuja.
Assim que terminar de ler Eldest, te digo e pego emprestado.
Ahazou na resenha, e adorei as referências nerds (incluindo ao quadribol *-------* <3) e espero que o filme seja bom.
=* Warner.
E adorei a ideia de correr atrás do kinder ovo.
Sucesso.
=*
Li algumas páginas na livraria (só não comprei por falta de dinheiro na hora mesmo) e é topo da minha wishlist. Isso de uma utopia virtual não é novidade, mas gostie da maneira com que o autor encaminhou a coisa.
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