Tatuagem

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cada dia que eu não posto aqui é um dor que me dá, mas gente sério, eu ando numa sem criatividade pra posts, sem vontade de fazer nada a não ser passar o dia na cama assistindo, me desculpe a enorme demora, eu sei que quase ninguém lê aqui mesmo, mas pra quem lê desculpa mesmo, eu amo o blog e voltarei postar com mais frequência, prometo!

O filme passado em Pernambuco de 1978 conta entre outras coisas o romance entre um artista excêntrico e um jovem soldado, o filme ganhou prêmios nos Festivais do Rio e de Gramado e foi exibido recentemente na amostra de cinema do Festival Pernambuco Nação Cultural que eu quase fui ver, infelizmente me contentei com o download e olha... incrível.

O teatro Chão de Estrela é um cabaré que mistura as excentricidades dos artistas com provocações sexuais aos bons costumes da sociedade, lá vive Clécio, que comanda a trupe, junto de Paulete a grande estrela do espetáculo. Ali perto vive Fininha, jovem de 18 anos que presta serviço militar no exército; quando Clécio conhece Fininha os dois engatam um romance que vem a provar as descobertas sexuais do garoto. Esse é apenas o plano de fundo da história que conta com críticas aguçadas, porém disfarçadas, ao poder político (e a ditadura da época).

Num olhar crítico a direção de arte (coisa que estou tentando ter um olhar melhor ultimamente, já que né... curso Design), eu achei incrível tanto o cenário quanto a construção do figurino dos personagens, os anos 1970 foram bem aproveitados e estão ali no filme, algo meio hippie. O espetáculo do Chão de Estrela é aquela coisa freak, fenomenal, mas bagunçada, então todas as roupas do show são feitas em casa, muito paetê, cola e caixa de ovos.

O trio de atores está fenomenal, principalmente Jesuíta Barbosa (que também atua no Praia do Futuro que está nos cinemas), suas cenas com Irandhir Santos, no papel de Clécio, são fenomenais, a química entre os atores é algo visível e Jesúita trás um Fininha que cresce com o filme chegando a deixar o espectador (eu no caso) emocionado no final.

Hilton Lacerda foi incrível não só por trazer cenas de nudez de uma forma natural, pelo menos se tornaram naturais durante o longa, como também dirigiu cenas de sexo gay de uma forma verdadeira e sexy sem ser nada vulgar, mas também adorei as cenas gravadas com aquele efeito antigo sempre acompanhadas de uma poesia, ou de um som característico que torna a experiência de assistir Tatuagem algo marcante, pra vida toda.

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