“Como todo sofrimento, esse começou com uma aparente felicidade.”
Tá aí um dos livros mais lindos que já li, não o melhor, nem o mais divertido e nem o que devorei mais rápido, mas sim, um dos mais belos. A Menina que Roubava Livros foi lido por mim em 2011 até bem antes da metade, a preguiça e a minha falta de leitura me fizeram parar e só hoje em quase 2014 eu finalmente o li por completo, Makus Zusak nos conta uma estória crua e cruel, mas ao mesmo tempo bela que irei resenhar agora pra vocês... vem comigo.
A Morte nos narra essa estória, a de uma pequena garota alemã que desde muito jovem convive com o significado da perda, e é levada junto com o irmão para um lar adotivo em Molching onde terá a companhia de seus novos pais: Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Durante o caminho para Molching ela sofre sua primeira grande perda: o irmão. Nisso temos dois fatos extremamente importantes: ela encontra nossa narradora e rouba seu primeiro livro.
“Havia uma coisa preta e retangular abrigada na neve. Só a menina viu. Ela se curvou, apanhou-a e a segurou com firmeza entre os dedos. O livro tinha letras prateadas.”
Liesel transforma o lugar, se torna melhor amiga de seu mais novo papai, Hans, o qual toca acordeão pra ela nas noites de pesadelo com o irmão morto, brinca e rouba com seu melhor amigo Rudy Steiner e até tem uma amizade fraternal com o judeu do porão Max.
A estória é contada numa crueldade e realidade infinita, aliás é a Alemanha nazista da Segunda Guerra Mundial, mas há alguns momentos em que é capaz respirar e sentir um amor incondicional por Liesel e por Max (meu personagem preferido). Não existe melhor narradora que a Morte, sério, tudo é contado de uma beleza tão grande que a narração lembra a uma enorme poesia; o livro é dividido em Prólogo, dez partes que fazem referência geralmente a algum livro roubado por Liesel e Epílogo, também possui notas de explicações escritas pela Morte e ilustrações... ah e essa capa é linda.
“Às vezes as pessoas são tão bonitas! Não pela aparência física nem pelo que dizem. Só pelo que são.”
Eu demorei pra ler esse livro e da primeira vez até desisti na metade dele, mas não por ele ser ruim, de jeito nenhum, é um dos melhores que já li, mas sim por ser cruel e bonito, daquelas estórias lindas e tristes que a gente demora pra digerir e um final triste que me deixou pensando por horas, vale muito a pena. Dou 10 livrinhos roubados e daria mais um se tivesse lido em português de Portugal, você vai entender vendo o título abaixo :p
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